segunda-feira, 26 de março de 2012
chao
Oi gente!
Estou de volta mais de um ano depois ( meu Deus, uma ano!)
Mas voltei, e voltei porque devo encerrar essa história. Talvez ninguém leia, talvez eu espere que ninguém leia. Mas senti uma necessidade imensa de escrever meu último dia de um período tão lindo da minha vida.
Eu sei que antes deveria terminar de contar a viagem, mas me deu uma preguiça enorme de narrar, e ela continua aqui comigo!
A verdade é que agora me de vontade de contar meu último dia, talvez por querer senti-lo de novo.
Nem sei por que demorei tanto para fazê-lo, talvez por me negar a por um ponto final nessa história. Minha vontade mesmo é transformar este ponto final em reticências, pois é assim que me soa.
No meu último dia me levaram ao aeroporto Brian, Kino e Carlitititos, queimei alguns “pesos” que me restavam no taxi, tomando cuidado para que ainda restassem alguns para trazer de memória ao Brasil. Em especial uma certa moeda, já sem valor para os bancos, e com todo o valor para mim (sabe de a qual me refiro Brian Alberto?).
Nem preciso dizer, mas minha única mochila de ida se multiplicou na volta em varias bolsas, mochilas e sacolas, isso porque metade das minhas roupas ficou. Não sei o que aconteceu, mas 90% das minhas calças rasgaram! Rasgaram no bolso, na barra no ... bem em todos os lugares....E acabaram virando panos de chão pra mãe do Joaquin!
A despedida foi, como todas são, linda.
De manhã fui com David dar meu último passeio pela cidade e, claro, desfrutar do meu último taco! Espero poder repeti-lo um dia em que a cidade não esteja reformando e ônibus não quebre no caminho hehehe... Enfim, espero realmente poder repeti-lo.
De volta a casa do Kino, lá estavam ele , Brian, Sharon y Carlitos (Diego já tinha voltado para o Brasil, e foi direto pra Bahia pra um casamento, que chato não?).
Dificil mesmo é descrever a sensação. Ver grandíssimos amigos seus (sim, eles aos poucos conquistaram esse título), organizando uma forma bonita de dizer: Tchau, até não sei quando.
Mais difícil quando estes amigos preparam seu prato preferido, te ajudam a fazer as malas (que estranho é fazer as malas) e completam com presentes lindíssimos e inesquecíveis: A minha camiseta preferida, um retrato de um momento maravilhoso, uma coletânea de musicas.
E lá vem aquele aperto no peito, eu me sentia feliz, apesar desse bendito aperto. Nunca pensei que em tão pouco tempo a amizade é capaz de crescer dessa forma, mas estávamos ali o tempo todo juntos, aprontando muito, aos poucos desenvolvemos intimidade, brincadeiras nossas, confissões. Essas coisas não voltam, também espero que não se vá. Eu juro que minha intenção a princípio era conhecer muita gente, e não me apegar a ninguém. Não deu certo.
No aeroporto estava Kátia e sua sobrinhazinha, que tomou nossa última foto, um pouco torta e tremida, mas um das mais lindas que tenho. Ahhh claro que me lembrei que havia esquecido alguns papéis na casa do Kino, só pra deixar minha marca registrada, mas tudo ocorreu bem.
E lá fui eu, entrei pelo corredorzinho, foi um momento muito alegre e divertido, até eu virar de costas, quando uma lagriminha discreta caiu, bem sutil. Deixava uma família, e veria novamente a original. O malinha falando sem parar, minha mãe perguntando mil coisas, meus avós, meu pai, ah pai, que delícia te ver no aeroporto de chegada.
Só mais um passo, e “chão” muchachos, só mais um passo...
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