terça-feira, 7 de setembro de 2010

A partida


Saindo de Guarulhos
Claro que foi a família inteira me levar e eu com a não tão estranha sensação de que esqueci alguma coisa.
E assim foi, como mais uma manhã comum tomamos café e entramos no carro, mas dessa vez o destino ficava um tanto mais longe.
No aeroporto, aquela longa despedida , me despedi de cada um uma cinco vezes no mínimo!E o Caio grudado em mim em todas elas. Pode parecer estranho mas eu não senti grande nostalgia naquele momento.
E logo lá estava eu, sozinha pelos corredores em busca do portão 26! E em cada passo do aeroporto me lembrava cenas já vividas, “olha lá está o lugar onde há um ano atrás eu enrei em pânico ao descobrir que esqueci a carteira de vacinação!”...” E lá, onde ficamos titando fotos antes do mochilão”.
E foi assim, só depois de entrar no corredor do avião foi que senti, dessa vez eu estava sozinha, e que estranha sensação. As lágrimas vieram aos olhos ao lembrar da farra da noite anterior com Caio, mãe e Victor. E lá eu fiz uma breve oração: Senhor, fica comigo.
Estranha essa mistura: nostálgica, anciosa, sozinha, curiosa...
No avião a aeromoça já começou a enrolar a língua: Segundo passillo, a La direcha, em La ventana. EEEEEEEEEEEEEEE, eu ficaria na janelinha!Mas meu lugar era a única janela sem janela!Tinha uma parede no lugar disso! (Poooooorco!).
O vôo (sem acento de acordo como novo português!) foi super tranqüilo, ao lado de um chineizinho e assistindo Robin Hood. Pena que perdi a última cena pois ive que parar para apreciar a maravilhosa Cordilheira, lá estava ela, toda exuberante se exibindo pela janelinha (do vizinho, porque eu não tinha!).
Descer no Chile me causou a estranha sensação de orgulho daquele país. O tempo de espera entre ambos os vôos que antes parecia ser gigantesco tornou-se minúculo para uma ida ao banheiro, uma espera de mala, uma descoberta de que a mala iria direto para o México, uma entrada oficial no Chile seguida por umasaída oficial do Chile e uns segundos de desepero em busca do portão de embarque.
Mas logo lá estava eu voando de novo, e dessa vez com direito a uma janela com janela!
O segundo vôo (infiniiiito) foi acompanhado de Shreck para sempre, O grande truque e música clássica (sim música clássica, porque o senhor Norman sentado ao meu lado começou a me dar uma lição de orquestras, concertos e sinfonias).
E finalmente, México! Bom as malas chegaram, mas o povo que vinha me buscar não!Solução: Comprar cartão do orelhão, trocar dinheiro e pegar o taxi, achá-los pela internet. Problema: fechado, fechado e não existe!Após alguns minutos de tensão, eis que olho ao horizonte e vejo o Joaquin ( que eu conhecia só pela net)! Não tem como descrever essa sensação.
Joaquín, Brian y Lara ( a outra brasileira) me levarão para um tour pela maravilhosa Cidade do México, pena que dormi em grande parte do caminho!Mas a uma cidade é muito linda.
Não percam o próximo capitulo neste mesmo canal!

4 comentários:

  1. eI! eSTE RELATO É MUITO VOCÊ!! tE SENTI BEM PERTINHO. bEIJÃO

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  2. Muito legal Amanda!!!
    Não conhecia esse seu talento para ser cronista...

    Cristiano.

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  3. Gostei da novela mexicana!!!! Estou curiosa para saber as cenas do próximo capítulo....
    Beijao, Hadassa.

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  4. Que choro chiquitita, que bueno que tu amigo Braian apareció, me imagino lo nerviosa que te quedastes hasta encontrarlos.
    Ame tú redaccion, un beso papá.

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